Duas das três medalhas de ouro que o Brasil conquistou em Pequim-2008
foram em esportes individuais --com Cesar Cielo na natação e Maurren
Maggi no atletismo. Mas quem fatura alto mesmo são atletas das
modalidades coletivas, sobretudo homens.
A seleção masculina de vôlei, ouro em Barcelona-92 e Atenas-2004, já tem os seus.
Hoje, é praticamente impossível a qualquer atleta brasileiro chegar perto do que fatura Neymar. O atacante do Santos, 20, arrecada cerca de R$ 3 milhões por mês.
O que Neymar faz fora de campo já supera até suas acrobacias e seus malabarismos dentro dos gramados.
O atacante já tem mais de dez patrocinadores pessoais e fez com que Ronaldo e Eike Batista colocassem suas empresas para disputar quem consegue mais anunciantes para ele --não assinou contrato de exclusividade nem com a 9ine do ex-jogador nem com a IMX do empresário.
Neymar ainda foi capa das duas maiores revistas de futebol da Inglaterra ("FourFourTwo" e "World Soccer") no período em que se decidiu a Eurocopa, principal torneio de seleções do continente.
"É de longe o nome mais carismático do esporte do Brasil", diz Fábio Wolff, diretor da empresa de marketing esportivo que leva seu sobrenome e que também intermediou um contrato de patrocínio assinado pelo astro.
Neymar atrai os holofotes, mas não é o único milionário da seleção brasileira na Olimpíada. Longe disso.
Há muitos degraus, e o craque santista está no topo desta escada, mas todos já podem dizer que estão financeiramente tranquilos.
O meia Oscar acaba de trocar o Internacional pelo Chelsea, numa negociação de quase R$ 80 milhões. E Paulo Henrique Ganso está em litígio com o Santos, porque o clube lhe paga "apenas" cerca de R$ 150 mil por mês.
O basquete também produz seus milionários, mas é notória a concentração de renda na modalidade.
O pivô Nenê, 29, tem salário de US$ 13 milhões por ano no Washington Wizards (cerca de R$ 2 milhões por mês). Anderson Varejão, Tiago Splitter e Leandrinho, os outros "galácticos" do time brasileiro de basquete, faturam um pouco menos na NBA.
Mas nenhum pode dizer que ainda não conquistou sua "independência financeira". Varejão, por exemplo, tem salário estimado em quase US$ 9 milhões por temporada no Cleveland Cavaliers.
Os maiores salários do NBB (a liga brasileira de basquete) estão na casa dos R$ 50 mil mensais.
A base da seleção masculina de vôlei, treinada por Bernardinho, atua no Brasil. Do provável time titular em Londres, só Leandro Vissoto joga no exterior, no italiano Cuneo. Jogadores como Dante, Giba e Ricardinho faturam mais de R$ 1 milhão por ano atuando na Superliga.
É pouco, se comparado ao que se paga no futebol, mas ainda um sonho para a maioria dos atletas de modalidades individuais.
Fonte-Uol
Juliano.Gouveia
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