A dois dias de eleição presidencial, o Flamengo ferve e se colore de amarelo, azul e rosa. As três chapas que restaram para o pleito, lideradas respectivamente pela presidente Patrícia Amorim, que tenta a reeleição, e pelos opositores Eduardo Bandeira de Mello e Jorge Rodrigues, foram à sede para disputa acirrada de votos e de animação. Na parte da piscina, camisas azuis e amarelas predominavam. O pessoal de rosa ficou na quadra de tênis, onde Rodrigues promoveu um almoço para seus partidários.
- Tira isso daí! Depois vão dizer que estamos sujando a sede! - cobrava um membro de uma das chapas dos seus cabos eleitorais.Apesar do clima áspero entre as chapas em diversos momentos da eleição, na Gávea o ambiente era de absoluta tranquilidade. Amorim chegou a tirar fotos com eleitores vestindo a camisa da chapa rosa, e membros de todos os grupos se misturavam sem desentendimentos. Enormes cartazes eram vistos por toda a sede e os grupos mostravam preocupação em não deixar folhetos de suas chapas, muitas vezes jogados no chão, poluindo o local.
Todos os candidatos falavam em pesquisas se colocando à frente dos demais. No turbilhão de boatos, rumores e números com imparcialidade questionável, a guerra pelos votos passa inevitavelmente por uma batalha de informação. No corpo a corpo, os três candidatos falavam com eleitores, passavam a sua versão e visão dos fatos. O alto índice de indecisos, comum a quase todas as pesquisas divulgadas pelos grupos, pode acabar decidindo o pleito.
Tanto os integrantes da Chapa Rosa quanto do grupo de Patrícia Amorim faziam questão de rechaçar qualquer possibilidade de aliança ou desistência, como chegou a ser ventilado na última semana. Jorge Rodrigues e a atual presidente foram enfáticos:
- Confiança total, estamos aqui no tênis, o pessoal todo está com a Chapa Rosa. Na segunda-feira a vitória é nossa. Serão três candidatos, qualquer coisa diferente disso é factóide. Gostam de criar factóides, mas a pesquisa e a verdade será nas urnas - discursou Jorge.
- Confiante, eu tenho convicção do trabalho que foi realizado, na satisfação do sócio. A gente não sabe sobre o sócio que não frequenta o clube, qual a impressão que ele tem, porque muitas vezes a força da mídia negativa pode alterar. Mas estou muito confiante. A Chapa Amarela vai até o final. Não junta com rosa, com azul, até porque se fosse para juntar, já teria acontecido - avaliou Patricia.
Eduardo Bandeira de Mello, que fazia campanha ao lado de Wallim Vasconcellos, também se mostrou confiante, repetindo o discurso de revolucionar o clube com o time de empresários montado pela Chapa Azul.
- Todo sábado a gente faz aqui a onda azul, ficamos batendo papo, tentando convencer os indecisos. Muito confiante, estamos na frente das pesquisas e agora temos de transformar intenção em voto. Vamos revolucionar o Flamengo!
Houve três alianças para a eleição rubro-negra e, dos seis candidatos homologados pelo Conselho de Administração, restaram três. As Chapas Verde e Laranja, de Lysias Itapicurú e Maurício Rodrigues, se juntaram à Rosa, de Jorge Rodrigues. A Chapa Branca, de Ronaldo Gomlevsky, se uniu à Azul, de Eduardo Bandeira de Mello. Patrícia Amorim não se aliou a nenhum outro candidato. O vencedor deverá ser conhecido na noite de segunda-feira.
Fonte:Globo Esporte
Thalisson Bandeira
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