OPINIÃO DO TORCEDOR
A tragédia de ontem se configurou pro Botafogo já no primeiro tempo quando o time achou um gol, logo no início, e pensou que se repetiria o mesmo que ocorreu contra o Vasco, em números, gênero e grau, ou seja, a partida seria decidida a seu favor com facilidade, nos contra-ataques e após uma vantagem inicial. Mas o que se viu após o gol foi um time pouco inspirado, sem vontade e abdicando do ataque. Preferiu recuar e ceder espaços ao adversário e isso, lhe foi fatal. Tal situação já havia ocorrido algumas vezes ao longo dessa trajetória invicta de 23 jogos, mas dessa vez não deu certo e, definitivamente, não precisava ser tão traumático.
Alguém esqueceu que do outro lado estava o Abelão, que de bobo não tem nada. Parece que o técnico tricolor estudou bem o adversário ao escalar seu time com um “quarteto mágico” do meio pra frente, baseando sua força no desempenho de Deco, Thiago Neves, Sóbis e Fred e, no apoio eficiente de seus laterais. Ai morava o perigo para o Botafogo que com, péssimas atuações de Maicossuel, pela esquerda e de Elkeson, pela direita, não consegui anular as jogadas pelos flancos e nem demonstrou ter estratégia para atacar.
A derrocada se deveu ainda à fraca atuação de Lucas desde o início da partida quando, mostrando nervosismo e falta de ritmo, cometeu faltas seguidas que prenunciavam o desfecho trágico de sua atuação. O primeiro cartão que levou foi contestado por Oswaldo de Oliveira no pós-jogo, mas cinco minutos a mais ou a menos não iriam mudar seu destino, tantos foram os momentos para que isso acontecesse. Invariavelmente, o lateral botafoguense segurava os adversários e quando esses conseguiam escapar, o rapa por baixo era a opção. Só podia dar no que deu.
O episódio contou ainda com a negligência do "indefectível" Oswaldo que a tudo assistia e nada fez. Quando tentou mexer com mudanças inócuas, tipo Herrera no lugar de Abreu e Caio no de Elkeson, a vaca já tinha ido pro brejo, com chocalho e tudo.
O episódio contou ainda com a negligência do "indefectível" Oswaldo que a tudo assistia e nada fez. Quando tentou mexer com mudanças inócuas, tipo Herrera no lugar de Abreu e Caio no de Elkeson, a vaca já tinha ido pro brejo, com chocalho e tudo.
O Fluminense, após a parada dos 20 minutos, acordou em campo, ajustou suas fileiras e partiu com determinação para o ataque. O que se viu foi uma quantidade enorme de bolas alçadas na área que, ao final, uma delas teria que dar em gol. Os defensores do Botafogo, invariavelmente, iam pro desarme cometendo faltas próximo à grande área, muitas delas desnecessárias. Não conseguimos segurar o resultado favorável, sequer no primeiro tempo.
O Flu empatou após um contra-ataque rápido que originou um cruzamento para o miolo de área alvinegra. Fred marcou de bicicleta, com estilo, e saiu tirando onda com razão. Revendo a jogada, percebe-se que se originou numa das muitas jogadas perdidas por Elkeson no ataque, por sua insistência em conduzir a bola nas horas e lugares errados. Sem dúvida, essa foi uma das suas piores partidas desde que chegou ao Botafogo. Seu rendimento tem sido baixo desde que foi passear numa dessas excursões da seleção de Mano. A partir de então, foram raros os bons momentos e por incrível que pareça, não abalou seu posto de titular no time.
O Flu empatou após um contra-ataque rápido que originou um cruzamento para o miolo de área alvinegra. Fred marcou de bicicleta, com estilo, e saiu tirando onda com razão. Revendo a jogada, percebe-se que se originou numa das muitas jogadas perdidas por Elkeson no ataque, por sua insistência em conduzir a bola nas horas e lugares errados. Sem dúvida, essa foi uma das suas piores partidas desde que chegou ao Botafogo. Seu rendimento tem sido baixo desde que foi passear numa dessas excursões da seleção de Mano. A partir de então, foram raros os bons momentos e por incrível que pareça, não abalou seu posto de titular no time.
O Botafogo, definitivamente, não se encontrou em campo. Talvez no início, nos dez minutos iniciais de cada tempo. Com a ausência de Andrezinho, o suposto quadrado botafoguense formado por ele, Elkeson, Fellype Gabriel e Loco, não funcionou. Parte, pela astúcia de Abel e a maior categoria do quarteto do Flu nesse jogo, e parte pelo postura equivocada do time alvinegro após fazer os eu gol.
Com a volta de Renato à sua posição original, o que se viu foi F. Gabriel ocupando a posição de meia-armador, diferentemente dos últimos jogos quando, deslocado pela esquerda, era imbatível taticamente na retenção dos laterais adversários - vide os jogos contra o Vasco. Destacou-se tanto nesses últimos jogos que Oswaldo chegou a considerá-lo o “Melhor” jogador do Campeonato. Contra o Flu, Maicosuel assumiu aquela posição e se mostrou ineficiente na função, tanto no bloqueio do lateral tricolor como na puxada dos contra-ataques. Alienado no jogo, o Mago ficou devendo de novo.
Com esse posicionamento, perdemos a eficiência de Fellype pela esquerda e criatividade no meio de campo.
Quanto a Elkeson, pela direita, errou tudo que tentou. Loco Abreu, muito marcado, nada produziu e também não procurou jogo. Foi substituído melancolicamente por Herrera. Perdemos o jogo na disputa no meio onde, livres de marcação, imperaram Deco e Thiago Neves. Deles nasceram as jogadas dos gols do Fluminense.
Com esse desempenho pífio na primeira etapa era de se esperar providências pontuais por parte do treinador botafoguense para o segundo tempo: tipo a substituição de Lucas no intervalo, mesmo que não tivéssemos um especialista no banco, por toda a circunstância que envolvia sua presença em campo e de Elkeson, que errou tudo que tentou enquanto esteve por lá. Acabou vaiado pela torcida, com razão.
Se Oswaldo de Oliveira não é chegado às mudanças daquelas de “Professor Pardal” poderia ao menos, com o tempo de intervalo, armar uma estratégia pra proteger seu lateral, impedindo que esse tivesse que sair para o combate direto ou correr feito um desesperado atrás dos meias tricolores, nos contra ataques que se sucederam no reinício do jogo.
Se Oswaldo de Oliveira não é chegado às mudanças daquelas de “Professor Pardal” poderia ao menos, com o tempo de intervalo, armar uma estratégia pra proteger seu lateral, impedindo que esse tivesse que sair para o combate direto ou correr feito um desesperado atrás dos meias tricolores, nos contra ataques que se sucederam no reinício do jogo.
Com deficiências claras na armação, o treinador poderia ter optado pela entrada de Jadson na posição do Renato, liberando-o pra agir mais a frente. Fellype Gabriel voltaria pra a esquerda e Maicosuel cairia pela direita, saindo Elkeson. Nada foi feito nesse sentido e deu no que deu. Lucas expulso merecidamente, gol da virada de Sóbis, gol de confirmação de Sóbis, novamente, e gol pra fechar o caixão, como tive que ouvir de um tricolor eufórico.
As chances de reverter essa situação são mínimas, mas elas existem. Tudo depende dos confrontos que os dois clubes terão no meio de semana e como vão se comportar nesses jogos. O Botafogo recebe o Vitória, na quarta-feira, no jogo de volta pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil e o Fluminense, ao Internacional, na quinta, pela Libertadores, ambos no Engenhão.
O Botafogo precisa fazer uma partida heróica no próximo domingo pra tentar reverter a vantagem do Flu. Uma partida daquelas que só acontecem de 37 em 37 anos. Pelo lado dos tricolores, basta administrar o placar que lhe é amplamente favorável e confirmar o título.
Ah, ia esquecendo, o Botafogo não se concentrou como devia - nem antes, nem durante a partida. Pagou caro por isso!
A semana de ambos os times promete, com muitas emoções, no nível das produzidas nesse domingo, no Engenhão.
Por: Felip@odf
Por: Felip@odf
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