Bugrino fanático
Frustração, idolatria: filho de Zico sofre com Bugre e se rende a Neymar
Artur Coimbra. O nome remete ao Flamengo. Mas precisamente ao maior ídolo rubro-negro. Assim foi batizado Zico, o Galinho de Quinino. Mas, acrescente ai um Júnior e o que você terá é um torcedor fervoroso pelo Guarani. Filho do eterno camisa 10 da Gávea, Júnior adotou o time campineiro ainda criança e, neste domingo, esteve presente no estádio do Morumbi para acompanhar a partida entre Guarani e Santos. Durante os 90 minutos, viveu as mais diferentes sensações: euforia por ver o time na final, frustração pela derrota por 3 a 0, mas, sobretudo, idolatria pelo craque Neymar, autor de dois gols da partida.
"E olha que ele nem jogou bem hoje. É impressionante. A diferença dele para os demais é muito grande. Sem fazer uma bela partida, fez dois gols. Já havia dito antes da partida. O Santos era muito favorito por causa do Neymar".
Proprietário de uma empresa de eventos esportivos, Júnior divide o seu tempo entre o Rio de Janeiro e Nova York. Mas, nem por isso, deixa de acompanhar o Guarani. A paixão pelo Bugre teve início em 1986. Então com nove anos, Júnior ficou enfurecido com os amigos vascaínos de escola, que passaram a ‘sacaneá-lo’ pela eliminação do Flamengo, de seu pai, no torneio.
"No dia seguinte o Guarani ia enfrentar o Vasco. Falei que ia dar Guarani. Ai comecei a torcer. Acho que o que mais marcou foi peder a final, porque fiquei muito triste. Ai no ano seguinte, inexplicavelmente, colocaram o time naquele módulo amarelo do Brasileiro. Eu não era bem flamenguista. Era mais Zico. Meu pai já estava quase parando, e o Guarani fazia varias campanhas ótimas. Em 1988, fez a final do Paulista. Perder estas decisões me tornou mais fanático ainda."
Ainda em 1988, mas no Brasileiro, Júnior acompanhou a primeira partida do Bugre no estádio. E foi logo com uma homenagem. Ao saber que o filho do craque Zico tinha uma ‘queda’ pelo time, o então presidente do Guarani, Beto Zini, convidou ele e o irmão para entrarem em campo com os jogadores, no duelo contra o Flamengo, no Brinco de Ouro.
"Eu lembro que estava com febre, mas viajamos todos para Campinas. Entrei em campo de mão dada com o Neto e meu irmão com o João Paulo. E, no placar, colocaram ‘Artur Júnior: bom gosto desde criança’. Aquilo me marcou muito. Ainda ganhei uma placa de homenagem. Foi 5 a 1 para o Flamengo. Mas naquele dia tinha que torcer pro Flamengo né, por causa do meu pai."
Torcedor fervoroso, Júnior acompanha as notícias do Guarani diariamente. Já perdeu as contas de quantas vezes pegou o avião para acompanhar partidas do time no Brinco de Ouro, em Campinas. No Paulistão deste ano, já havia visto a partida contra o Linense, pela primeira fase, e o duelo na semifinal, contra a rival Ponte Preta.
"É como se o Guarani fosse um dos times do Rio. Todo dia busco saber se tem jogador machucado, alguma novidade na escalação, estas coisas."
A dura derrota deste fim de semana, contudo, já o faz repensar os planos de voltar ao Morumbi na segunda partida, marcada para o próximo domingo.
"Ficou difícil agora. Domingo que vem ainda é Dia das Mães. Se fosse um outro placar, faria um esforço extra para voltar."
Fonte: Atribuna
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