De Vitor Birner
Sabemos como o Corinthians joga.
Escrevi esse post para destacar algumas situações diferentes que o time comandado por Tite pode enfrentar na difícil decisão.
Tática
Vasco e Santos, os adversários mais difíceis que o Corinthians venceu nessa Libertadores, usam esquemas táticos parecidos com o do Alvinegro .
O posicionamento dos jogadores vascaínos foi igual ao dos corintianos tanto em São Januário quanto no Pacaembu. O dos santistas, na Vila Belmiro, também. Ambos atuaram no 4-2-3-1 muito bastante defensivo.
O Boca joga no 4-3-1-2 e ataca bem mais.
Ledesma e Erviti, os volantes da direita e esquerda do trio, apoiam pouco e de maneira alternada.
Riquelme, o ‘um’, é o responsável pela criação. A equipe joga em função do meia três vezes campeão da Libertadores.
O lateral-direito Roncaglia costuma avançar constanetmente. Clemente Rodriguez, do outro, não faz o mesmo.
Tite terá que decidir como lidar com o lateral Xeneize.
Pode pedir para o Sheik acompanhar os avanços do atleta do adversário, ou inverter os lado de Emerson e Jorge Henrique ( se dedica bastante aos desarmes e tem velocidade), ou recuar Alex para o centro da linha de três, usar o Sheik como centroavante, deslocar Danilo para a esquerda e mandá-lo marcar Roncaglia, ou não mexer em nada e deixar o ex-jogador de Fluminense e Flamengo para contragolpear no espaço deixado pelo boquense.
Ralf e Paulinho terão que cuidar de Riquelme. Também precisam ficar atentos com Mouche, atacante que atua pelos lados, pois Alessandro e Fabio Santos vão precisar de ajuda.
O centroavante Santiago Silva completa o sistema ofensivo Xeneize.
O experiente Schiavi (completará 40 anos em janeiro) merece cuidado na bola aérea no ataque do Boca.
Ele costuma dar umas pancadas a mais e provoca muito os rivais.
Emocional
O Alvingro superou duas grandes equipes no mata-mata. O Vasco e o Santos.
O time está acostumado a enfrentar seus oponentes brasileiros, pois todos são parte da mesma cultura futebolística.
O Boca também é competente na parte técnica, porém sabe catimbar e provocar de uma forma que muitas vezes destestabiliza os times daqui. Seus atletas são mais calculistas que os nossos.
Não gostei do comportamento dos corintianos contra o Emelec, no Equador. Reclamaram demais numa partida comum nos padrões da Libertadores.
Não podem entrar mesma ‘pilha’ hoje, contra o adversário competente com a bola rolando, coisa que “Los Elétricos” não são.
Mais chances
Não acredito em finais quase sem chances de gols como aconteceram nas partidas corintianas da semifinal e quartas-de-final.
O Boca atua de forma mais ofensiva que o Corinthians. Se dispõe a correr mais riscos.
Características
Na decisão, o gol fora de casa não tem valor especial.
Isso aumenta a importância do jogo de hoje para a equipe comandada por Tite.
O Alvinegro, se precisar de gols no Pacaembu, talvez precise, em algum momento, mudar a forma de atuar.
Terá que desestruturar seu sistema defensivo, alicerce da ótima campanha no torneio continental.
Possibilidades
O Corinthians é mais regular que o Boca.
O fato de nunca ter decidido a Libertadores não pode pesar tanto, pois se trata de uma equipe grande, que tem Danilo e Alex, atletas acostumados com o torneio.
Outra coisa: o Once Caldas, campeão em 2004 diante do Boca, nunca havia chegado à final da competição.
E o Cruz Azul, vice em 2001, perdeu em causa por 1×0 causa da péssima arbitragem de Márcio Resende de Freitas, venceu na Bombonera pelo mesmo placar e foi derrotado nas penalidades.
Se acostumar a decidir a Libertadores ajuda, mas não garante nada.
Sem favoritos
Não há favorito para o título.
OBS: a aprovação dos comentários será normalizada mais tarde.
Fonte: Uol
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