Depois de perder na última rodada do torneio qualificatório e entrar na chave principal do Brasil Open como lucky loser(“perdedor sortudo”), o argentino Martín Alund está na semifinal da competição. O argentino bateu na tarde desta sexta-feira o italiano Filippo Volandri, que havia eliminado o brasileiro Thomaz Bellucci na rodada anterior. A partida terminou em uma hora e 43 minutos, sendo definida com parciais de 7/5 e 7/6 (7-5).
Até o início desta semana, Alund jamais havia vencido uma partida de ATP - somava um jogo e uma derrota nesse nível, na semana passada, para o colombiano Santiago Giraldo no ATP 250 de Viña del Mar. Acostumado aos challengers, torneios de segundo escalão no circuito profissional no qual coleciona 97 vitórias e 102 derrotas, ele só entrou na chave principal do Brasil Open devido à lesão do compatriota Leonardo Mayer.
Com dores nas costas, Mayer desistiu de enfrentar o brasileiro Ricardo Mello e acabou substituído pelo lucky loser, que havia perdido na terceira e última rodada do torneio qualificatório. Alund, 27 anos, aproveitou a oportunidade, batendo Mello, o francês Jeremy Chard e agora Volandri. Como resultado, já garantiu uma vaga inédita no top 100 do ranking mundial - atualmente ocupa a 111ª posição, a melhor da carreira.
"A sorte é muito importante, mas a sorte tem que estar buscando, se não busca não a encontra", disse Alund, após a vitória sobre Volandri. "Estou muito feliz e contente por seguir avançando. É a melhor semana da minha vida", completou o argentino.
Classificado, ele aguarda para saber quem será seu adversário na semifinal, que sai do confronto entre o espanhol Rafael Nadal e o argentino Carlos Berlocq. Questionado se acreditaria, antes da semana, se alguém lhe dissesse que chegaria à semifinal do Brasil Open e poderia enfrentar o número 5 do mundo, Alund respondeu, sorrindo: "não".
"Obviamente que nunca você vem a um torneio pensando que iria perder, mas vinha jogar a qualificação, o objetivo era passar. É o melhor torneio da carreira e sou muito afortunado de estar na semifinal", disse ele, que, a pedido dos jornalistas, ainda contou se mantém algum tipo de idolatria por Nadal.
"Minha superfície preferida é o saibro e todos que gostam o admiram muito por sua forma de jogar, por ter ganhado sete Roland Garros. É sem dúvida o melhor da história no saibro", respondeu, em referência ao maior ganhador da história do Aberto da França. "Se um dia jogar contra ele seria um sonho, se for contra Carlos também, que é um grande amigo meu".
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