Depois de dez jogos de ausência, Lucas voltou ao São Paulo. E não foi coincidência que o São Paulo tenha voltado a alegrar seu torcedor justamente no retorno de seu principal jogador. O meia-atacante desequilibrou o duelo contra a Ponte Preta e foi o principal responsável pela vitória por 3 a 0 que interrompeu uma sequência de três derrotas.
E olha que ele jogou apenas uma hora e foi substituído no começo do segundo tempo. Foi o mais festejado pela torcida.
Lucas fez um belo gol ao tabelar pelo meio e chutar seco e preciso no canto direito da meta da Ponte. Mas não foi só isso. Sempre que tinha a bola nos pés, o jogador a fazia girar com velocidade, arrancava com ela rumo ao ataque e, geralmente, era parado apenas com ponta-pés ou puxões.
“Quero honrar a camisa e, quando partir [para a França], deixar saudade. Eu contribuo com a minha vontade, procuro contagiar o grupo com minha vontade. Não sou salvador da pátria, não sou herói, mas tento ajudar o São Paulo com o que eu posso”, afirmou Lucas na saída do primeiro tempo.
Ele correu, caiu, levantou, brigou, cruzou, chutou a gol... Negociado com o Paris Saint-Germain após a transação mais cara da história do país, prestes a ser companheiro de grandes estrelas do futebol mundial, Lucas só tinha uma coisa na cabeça neste sábado: driblar os zagueiros da Ponte, levar o São Paulo para cima da tabela do Nacional. Os três pontos fizeram o time galgar duas posições (agora está em sexto) pelo menos até o jogos de domingo.
Mas se o jogo foi tranquilo na maior parte do tempo, começou truncado com as duas equipes mostrando dificuldade de chegar ao gol adversário. Até que uma das arrancadas de Lucas (tapa na bola, corrida, drible da vaca no volante) gerou uma falta na intermediária da Ponte Preta. No levantamento, o atacante Roger, que ajudava sua defesa, subiu e cortou a bola com o braço como se fosse um goleiro: pênalti.
A boa cobrança de Rogério Ceni fez o camisa 1 se redimir com a torcida por ter falhado na derrota para o Náutico no meio da semana. Depois da saída bizarra que concluiu o revés por 3 a 0 em Pernambuco, Ceni bateu com tranquilidade e abriu caminho para a vitória tranquila no Morumbi.
Com a vantagem no placar, o São Paulo pôde trabalhar mais a bola e contava com a desorganização da Ponte Preta, praticamente incapaz de agredir a meta de Ceni. O único lance de perigo dos campineiros no primeiro tempo foi interrompido pela marcação de impedimento do árbitro.
Depois de alguns poucos minutos de sumiço, Lucas voltou articulando uma tabela com Ademilson e arrematando com precisão contra o goleiro da Ponte. Na comemoração, ajoelhou-se, beijou o escudo e viu o fraco público do Morumbi (9.900 torcedores) gritar seu nome.
O técnico Gilson Kleina fez várias modificações em sua equipe para tentar uma reação, mas o segundo tempo transcorreu em ritmo mais lento e sem grande oportunidades para os dois times. Sem qualidade na saída de bola, a equipe de Campinas não conseguiu nem sequer assustar os torcedores tricolores.
Ney Franco também tirou alguns de seus jogadores, preocupado com uma possível expulsão. Lucas, Denilson e Cortez saíram por já estarem pendurados com cartão amarelo. A advertência ao lateral, aliás, o tirou do clássico contra o Corinthians no próximo domingo. A partida, no Pacaembu, encerrará o primeiro turno do Brasileiro.
Nos minutos finais, o atacante Osvaldo, que entrou no lugar de Lucas, fez bonita jogada individual e chutou forte no ângulo: golaço para dilatar o placar no Morumbi.
Personagens da Partida
Direto do Morumbi
Resumo da Partida
São Paulo | 3 | x | 0 | Ponte Preta | ||
Técnico: Ney Franco | Técnico: Gilson Kleina |
Fonte: Uol
Erly Souza
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