Junho de 1999. O Palmeiras vence a Copa Libertadores e, quatro dias depois, é derrotado pelo Corinthians na final do Campeonato Paulista, em jogo que terminou antes do tempo por briga generalizada entre os jogadores em campo.
Após 13 anos, a situação é parecida, mas do outro lado: o Alvinegro pode comemorar a conquista inédita do torneio sul-americano e “nem se importar” caso o rival vença a Copa do Brasil. Mas, para os alviverdes, o título vale muito e encerrará incômodo jejum de 12 anos em competições nacionais de primeira divisão.
A última vez que os dois clubes conquistaram títulos de primeira divisão no mesmo ano foi em 2000 (Mundial pelo lado alvinegro e Copa dos Campeões pelo lado alviverde).
- O Corinthians é o atual campeão Brasileiro, né? Naquele Paulista de 1999 o Palmeiras vinha de título da Copa do Brasil em 98, o Corinthians de título brasileiro. Eles ganharam a Libertadores, depois a gente ganhou o Paulista, toda hora nos encontrávamos em decisões. A fase de grupos da Libertadores sempre colocava dois times do mesmo país. Em 1999 caiu Corinthians e Palmeiras. Depois nos encontramos nos mata-matas - relembrou Vampeta, ex-volante do Timão.
- Com certeza, naquele Paulistão de 1999, o eles (Corinthians) vieram muito mordidos. Nos preparamos muito para aquele título paulista também, mas o Corinthians fez grandes jogos nas finais. O importante foi a conquista da Libertadores - disse Cleber !.
Decisão do Paulistão de 1999
Enquanto mantêm o foco nas Copas, as duas equipes se enfrentam neste domingo, às 16h, no Pacaembu, com um objetivo totalmente diferente: escapar das últimas posições do Campeonato Brasileiro. O Corinthians amarga a lanterna da competição, com apenas um ponto, e o Palmeiras é o 18, com dois.
Panorama até estranho para quem vive momento tão bom – e semelhante – nas outras competições. O Timão chegou até a final da Libertadores invicto, com sete vitórias e cinco empates, sofrendo apenas três gols. O Verdão fez o mesmo: conquistou a vaga na decisão da Copa do Brasil sem perder. Foram sete vitórias, dois empates e nenhum susto ou chance real de ser eliminado.
O fraco desempenho no Brasileiro é justificável, sobretudo na parte corintiana. Isso porque Tite utilizou uma equipe totalmente reserva em praticamente todas as rodadas. Já o Palmeiras usou os principais jogadores nas partidas, mas chegou a mesclar com suplentes, apesar do elenco com poucas alternativas.
Neste domingo, a situação será a mesma. O Corinthians, focado na decisão da Libertadores, na próxima quarta, já anunciou que não escalará nenhum titular. Já o Verdão, que só jogará pela Copa do Brasil no dia 5, poupará menos, mas não terá Barcos e Marcos Assunção, além de outros que podem começar o duelo no banco.
O discurso de todos é que ninguém gosta de perder para um rival. Mas, se forem campeões das Copas, com certeza ninguém se lembrará do clássico esvaziado desta tarde. Apenas 15 mil ingressos, de uma carga total de 35 mil, foram vendidos até o sábado.
- A rivalidade não diminuiu, continua, e continua muito grande. Você vai perceber a rivalidade quando o árbitro apitar - ressaltou Cleber.
- A rivalidade era maior antes. Não que agora não seja, mas o Palmeiras vem numa draga de títulos, de finais. Naquela época o Felipão ganhava quase tudo lá, a gente ganhava quase tudo aqui. Hoje não deixa de ser um Corinthians e Palmeiras. Eu vou ver, sou Corinthians pra sempre - concluiu Vampeta.
Fonte-Lancenet
Juliano.Gouveia
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