O Uruguai não jogou bem, mas contou com o brilho e a categoria de Cavani para vencer a Venezuela por 1 a 0 nesta terça-feira e roubar a quinta posição do rival nas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2014. O gol do atacante do Napoli fez a Celeste chegar a 16 pontos, mesmo número da Viñotinto, que leva a pior no saldo de gols. A atual colocação permitiria aos uruguaios disputar a repescagem contra um representante da Ásia.
Os uruguaios deram fim a um jejum de seis partidas sem vitória nas eliminatórias enquanto os venezuelanos encerraram uma sequência de quatro jogos de invencibilidade. Na próxima rodada, o Uruguai visita o Peru, e a Venezuela vai até o Chile.
Um banho de vinho tinto
Havia muito em jogo e parecia que a Celeste estava disposta a tudo para vencer. Começou melhor, mas surpreendentemente, logo o panorama mudou. Em pouco tempo a Venezuela passou a dominar completamente as ações. Lucena, aos oito minutos, testou Muslera pela primeira vez com um chute perigoso de fora da área.
Com muitas faltas na intermediária, os uruguaios dificultavam as tentativas do rival de entrar na área. Resultado: a Viñotinto arriscava através de cruzamentos, chutes de longa distância e eventuais cobranças de falta. Aos 17, Arango chutou forte, a bola quicou e surpreendeu Muslera, que deu rebote. Por sorte, Godín isolou para escanteio.
Os mandantes não deixavam a equipe visitante respirar e parecia que o gol iria sair a qualquer momento. Rondon, aos 22 minutos, fez boa jogada, passando pela marcação na intermediária e chutando da entrada da área. Muslera, novamente, defendeu.
Cavani, o iluminado
A Celeste parecia um ratinho inofensivo diante de um elefante. E, surpreendentemente, chegou ao gol, que saiu dos pés do único jogador capaz de desequilibrar. Em rápido contra-ataque aos 27 minutos, Cavani deu um lindo drible, deixando seu marcador no chão e chutou cruzado, sem força, para acertar o canto direito do goleiro Hernández.
Na jogada seguinte, o goleador por muito pouco não aumentou. Em novo contra-ataque, entrou livre pela esquerda, chutou cruzado e fez a bola passar a um palmo da trave. Forlán, aos 38, teve mais uma oportunidade para fazer o segundo. Gastón Ramírez rolou para o jogador do Inter, que mesmo de frente para o gol, mandou por cima.
Venezuela para na violenta, porém efetiva defesa celeste
A segunda etapa foi iniciada com a Venezuela voltando a buscar o gol. O Uruguai parava os adversários com faltas ríspidas. No ataque viñotinto, Rondón dava trabalho. Aos 12, fez boa jogada arrancando pela ponta direita deixando vários jogadores para trás, mas cruzou mal, se irritando e descontando nas placas de publicidade.
Aos 19, o jogador pediu pênalti ao ser agarrado por Lugano na área. No contra-ataque uruguaio, Forlán ficou cara a cara com Hernández, mas o assistente marcou impedimento em lance duvidoso. A Celeste se segurava bem. Em alguns momentos até Cavani aparecia para ajudar a defesa.
Apesar de mais violento e com quatro jogadores levando cartão amarelo, o Uruguai voltou a contar com a sorte aos 38. Rincón parou tentativa de construção de contra-ataque do adversário e foi expulso. Nos acréscimos, aos 49, a Venezuela não empatou por um triz. Rosales acertou uma bomba de fora da área, a bola desviou na defesa e quase parou na trave.
GE
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