O presidente o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Flávio Zveiter, decidiu nesta sexta-feira pela interdição imediata da Vila Belmiro. Ele atendeu a uma liminar pedida pelo procurado Paulo Schmitt por conta da impossibilidade de acesso de ambulâncias ao gramado do estádio do Santos.
A interdição da Vila Belmiro só será revogada após uma nova vistoria e um novo laudo do local. O próximo jogo do Santos em casa, contra o Náutico na próxima quinta-feira, já terá que ter o local remarcado pela CBF. Além deste, a equipe da Baixada Santista tem apenas mais dois jogos como mandante até o final do ano.
“A estrutura hoje infelizmente não permite a total segurança daqueles que estão participando do evento esportivo. Isso foi comprovado durante a semana, com o evento envolvendo o atleta do Atlético-MG. Por conta disso, determinei por cautela a interdição até que se garanta a segurança dos jogadores”, disse o Zveiter à Rádio Estadão ESPN.
"É necessário que o Santos comprove que as obras foram concluídas e passam a dar a segurança para esses eventos na vila. O clube precisa de um laudo do corpo de bombeiros comprovando as obras. A interdição será indeterminada até resolver esse problema", completou.
Gazeta Press
Maca da ambulância precisou ser levada até onde estava Rafael Marques
Nesta quarta-feira, o zagueiro Rafael Marques, do Atlético-MG, bateu a cabeça com o companheiro Leonardo Silva e ficou caído no gramado. Como o choque foi sério, jogadores e médicos solicitaram a entrada de uma ambulância no campo para remoção do defensor. O veículo, porém, não conseguiu chegar ao local do incidente devido a um degrau que separa o estacionamento da área de jogo. O atendimento ao jogador levou mais de dez minutos por conta do problema.
O curioso é que o próprio Corpo de Bombeiros não acha que a Vila Belmiro tem problemas técnicos. Em entrevista ao ESPN.com.br, o Tenente Matheus, Chefe da Seção de Atividades Técnicas do 6º Grupamento de Bombeiros (Santos) defendeu que o regulamento não especifica nada quanto ao acesso da ambulância ao campo de jogo. A única regra é que o veículo possa ficar junto ao campo. “A Vila Belmiro atende a essa condição, oferecendo dois portões que garantem acesso a menos de 10 metros do campo de futebol”, disse.
O curioso é que o próprio Corpo de Bombeiros não acha que a Vila Belmiro tem problemas técnicos. Em entrevista ao ESPN.com.br, o Tenente Matheus, Chefe da Seção de Atividades Técnicas do 6º Grupamento de Bombeiros (Santos) defendeu que o regulamento não especifica nada quanto ao acesso da ambulância ao campo de jogo. A única regra é que o veículo possa ficar junto ao campo. “A Vila Belmiro atende a essa condição, oferecendo dois portões que garantem acesso a menos de 10 metros do campo de futebol”, disse.
De fato, o artigo 211 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, pelo qual o Santos foi punido, não é específico. Ele diz apenas que o clube mandante é o responsável por “manter o local que tenha indicado para a realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plana garantia e segurança para a sua realização.”
Reprodução
CBDJ - artigo 211
“A normatização do Corpo de Bombeiros estabelece que ‘devem ser garantidos dois acessos de veículos de emergência junto ao campo, em lados ou extremidades opostas, viabilizando a remoção das vítimas’", diz o Tenente Matheus.
Flávio Zveiter usou como argumento a própria delcaração do médico do Santos, Rodrigo Zogaib, para explicar a interdição da Vila Belmiro. Além disso, diz que o Corpo de Bombeiros deveria ter agido mais rapidamente para atender o atleta.
"O que vimos na partida foi ineficiência no atendimento ao atleta e também o não acesso da ambulância. Ela chegou ao local e tinha um degrau. O próprio médico do Santos disse que se ele permanecesse caído e desacordado, poderia ter sofrido um trauma muito grande. Se o Corpo de Bombeiros entende que não é necessário a ambulância entra em campo, deveria ter feito um atendimento mais rápido ao atleta, que ficou caído por 10 minutos", disse o presidente do STJD.
Também em conversa com o ESPN.com.br, o Coronel Marcos Marinho, responsável pelas questões de segurança da Federação Paulista de Futebol, não enxergou problemas no que aconteceu na última quarta-feira. Segundo ele, o mais importante não é que a ambulância consiga entrar em campo, mas sim que o atendimento seja feito rapidamente e com eficiência.
“Não é a ambulância em campo que vai salvar uma vida ou não. O que salva é o primeiro socorro. Se não tiver um atendimento rápido, não adianta nada a ambulância. O que importa é como você vai transportar a pessoa. Existe uma técnica toda especial para isso”, disse. “O que faltou na quarta-feira foi um procedimento melhor em relação aos primeiros socorros”, completou.
“Não é a ambulância em campo que vai salvar uma vida ou não. O que salva é o primeiro socorro. Se não tiver um atendimento rápido, não adianta nada a ambulância. O que importa é como você vai transportar a pessoa. Existe uma técnica toda especial para isso”, disse. “O que faltou na quarta-feira foi um procedimento melhor em relação aos primeiros socorros”, completou.
De qualquer forma, o Santos já tomou as medidas necessárias para não ter problemas. O próprio clube admitiu que a Vila Belmiro tinha falhas técnicas e, já na quinta-feira, começou as obras para que as ambulâncias possam estacionar dentro do campo.
"Estamos acatando a determinação. Desde ontem estamos tomando as providências para acabar com a interdição. Isso ficará pronto na segunda-feira e a partir daí ficará eliminado o fato que causa a interdição da Vila Belmiro. Se não for possível liberar o estádio para o jogo contra o Náutico, ainda vamos definir onde mandaremos a partida", disse Odílio Rodrigues, vice-presidente do clube.
Fonte:Espn
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