domingo, 12 de agosto de 2012

Rússia bate a Argentina nos últimos segundos e fica com o bronze


Não foi no estouro do cronômetro como na dramática vitória por um ponto sobre o Brasil na fase de classificação, mas novamente um arremesso de três pontos fez a diferença em favor da Rússia no basquete masculino dos Jogos de Londres. Com uma cesta certeira do armador Alexey Shved, cestinha com 25 pontos, a pouco mais de 30 segundos do fim da partida, o time europeu tirou a vitória das mãos da Argentina e venceu a disputa da medalha de bronze por 81 a 77 (38 a 40) em um final de partida emocionante e polêmico.
Nocioni impede o russo Kaun de fazer a cesta  (Foto:  REUTERS/Mike Segar )Nocioni e Delfino (10) tentam impeder o ataque do jogador russo Kaun 
Além do herói da partida, os alas Andrei Kirilenko, com 20 pontos, e Vitaliy Fridzon, com 19, foram os destaques do time russo. Pelo lado argentino, mais uma vez Ginobili foi o grande nome com 21 pontos, seguido por Nocioni, com 16, e Delfino, com 15.
O JOGO
Seis pontos. Na luta pela tão cobiçada medalha de bronze do basquete masculino, essa foi a maior diferença que uma seleção conseguiu abrir sobre a outra durante um primeiro tempo de muito equilíbrio. Primeiro tempo em que cada país dominou um quarto. Se os primeiros dez minutos foram da Argentina, o segundo foi dos russos. 
Se é que podemos chamar de predomínio a vantagem que cada seleção teve sobre a outra. No primeiro, a Argentina de Manu Ginobili e Luis Scola começou melhor, comandou as ações e abriu por duas vezes uma diferença de três pontos. Diferença essa que caiu para apenas um (20 a 19) com dois lances livres convertidos por Vitaliy Fridson, o mesmo que fez a cesta de três pontos contra o Brasil, ao fim do primeiro estouro do cronômetro.
Ginobili tenta passar pela defesa russa (Foto:  REUTERS/Mike Segar )Manu Ginobili tenta passar pela defesa russa
A Argentina voltou para o segundo quarto decidida a resolver logo a parada, e até teve chance para isso. Mas um apagão de cinco minutos sem marcar acabou atrapalhando os planos do técnico Julio Lamas. Os argentinos, que chegaram a estar vencendo por 27 a 21, passaram a errar demais e assistiram a Rússia marcar 12 pontos consecutivos para abrir os mesmo seis pontos de vantagem (33 a 17).
Na mesma hora o treinador sul-americano pediu um tempo e parou o jogo. A conversa surtiu efeito e as bolas de Ginobili & cia. voltaram a cair. Para piorar, o ataque russo congelou e ficou quase os mesmo cinco minutos sem pontuar. Tudo equilibrado novamente. Mas o bom momento russo na segunda metade do primeiro tempo rendeu ao time europeu três pontinhos a mais no placar, garantindo uma diferença de 40 a 38 antes do intervalo.
Liderada pelos alas Kirilenko e Fridson, a Rússia voltou a ser melhor na volta do vestiário. Mas não o suficiente para deslanchar na partida. Apesar dos 12 pontos marcados pela dupla russa, seis para cada, a vantagem não passou dos dois pontos e a seleção européia foi para o período decisivo vencendo por 61 a 57.
Consistente na defesa e precisa no ataque, a Rússia se manteve cinco pontos à frente no marcador durante quase todo o quarto e parecia que não perderia o bronze por nada. Mas do outro lado da quadra estava Manu Ginobili. Com a frieza e a precisão de sempre, o camisa 5 argentino anotou sete dos seus 21 pontos nos últimos dois minutos, recolocou a Argentina em vantagem e deu a impressão de que seria o herói do jogo.
Mas um arremesso de três pontos de Alexey Shved a pouco mais de 30 segundos do estouro do cronômetro deixou os russos com a mão no bronze. Nocioni ainda tentou um arremesso de três, mas a bola rodou no aro e teimou em não entrar. Os russos ainda tiveram tempo para anotar mais dois pontos antes de comemorarem a vitória.
Fonte-Globoesporte                                     Juliano.Gouveia

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