Os próximos dias, ou até semanas, da Seleção Brasileira serão de suspense. A permanência do técnico Mano Menezes no comando não é uma certeza após a derrota na final olímpica. Embora o presidente da CBF, José Maria Marin, tenha dito há uma semana e meia, em Newcastle, no norte da Inglaterra, que o resultado da equipe no torneio não seria a bússola a indicar o caminho, o discurso dúbio do cartola desde que assumiu o posto dá margens a muitas dúvidas e nenhuma convicção.
Marin, que assumiu a cadeira em março em seguida à renúncia de Ricardo Teixeira, já deu declarações contraditórias. No início afirmava que o termômetro seriam os resultados, depois, já com o torneio em andamento, primeiro alegou que não trabalharia com hipóteses para, dias depois, fazer a tal afirmação de que não iria tomar decisões de acordo com cor de medalha.
Presidente da CBF já deu três declarações diferentes em curto espaço de tempo para situação de Mano
Em suas entrevistas no transcorrer da competição, Mano adotou discurso de que não havia pressão nenhuma, sugerindo que "boatos" e "estórias" eram os sustentáculos da percepção contrária. Logo após o jogo de ontem, o técnico mostrou convicção de que o trabalho seguirá até a Copa do Mundo.
- A derrota em um jogo não deve influenciar nem para um lado, nem para o outro. Assim como a vitória em um jogo também não. Se tivéssemos vencido não teríamos resolvido todos os nossos problemas. Você sai com um saldo positivo por ter chegado à final, embora não se tenha vencido - disse Mano, que mencionou algumas vezes o objetivo principal: Copa do Mundo.
Até quarta-feira, quando a Seleção faz amistoso contra a Suécia, a incógnita deve continuar. Caso Marin sustente a sua última versão, ele pedirá, já no Brasil, um relatório do treinador e também de Andrès Sanchez, diretor de seleções, para então tomar decisões. Até lá, a tendência é a Seleção ser um barco com um timoneiro a perigo.
Fonte-Lancenet
Juliano.Gouveia
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