Vice de marketing diz que Deco terá versão em boneco e Nem tem potencial com jovens
Flu usa fracasso de R10 para justificar marketing modesto e inicia projeto com Deco
O Fluminense convive com inúmeras críticas por não explorar as imagens de suas principais estrelas, mas não considera a postura equivocada. O vice-presidente de marketing Idel Halfen usa o exemplo negativo de Ronaldinho Gaúcho no rival Flamengo para justificar as ações modestas promovidas pelo clube das Laranjeiras. O cartola reconhece o potencial do capitão Fred, mas revela que Deco será o foco de um projeto nos próximos meses.
EXEMPLO NEGATIVO DE R10 NO RIVAL FLA
- O Flamengo criou uma série de produtos licenciados de Ronaldinho Gaúcho. O primeiro pacote veio em setembro do ano passado com direito a boneco (foto). No início de maio, novidades com malas, mochilas e porta-chuteiras. Mas menos de um mês depois, o então capitão acionou a Justiça do Trabalho e conseguiu romper seu vínculo com o clube rubro-negro. O ex-camisa 10 pede pouco mais de R$ 40 milhões por atrasos em salários e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e já assinou com o Atlético-MG.
"A maneira que o Flamengo explorou a imagem do Ronaldinho é um exemplo que não imaginamos. Não que outros estejam errados, só não é a nossa filosofia. Achamos que é uma ação de marketing mais forte levar essas atletas para visitar crianças num hospital com o uniforme do clube ou participar de campanhas de doação de sangue", defendeu-se o vice de marketing do Flu, Idel Halfen.
“Nós pretendemos fazer bonecos e copos dos jogadores do Fluminense, mas acreditamos em fazê-lo de forma estruturada. Teve clube por aí que fez bonequinho de jogador e agora tudo está sendo jogado fora porque ele deixou o time. Com o Conca, por exemplo, nós estávamos em vias de lançar um boneco quando ele foi para a China”, alfinetou Halfen em entrevista ao UOL Esporte, em clara referência às ações de marketing do Flamengo com Ronaldinho.
Justamente em cima desse discurso, o Fluminense evita criar produtos oficiais baseados em suas estrelas. Fred, por exemplo, está há mais de três anos no clube e foi pouco explorado pelo marketing. E o principal projeto para os próximos meses é em cima de Deco, que planeja se aposentar no clube e deve renovar seu vínculo até o fim de 2013. Considerado porto seguro nas apostas de material licenciado, o meia luso-brasileiro deve ganhar uma versão em boneco ao longo do Campeonato Brasileiro.
“Quando avaliamos essa questão, não levamos em conta só a idolatria que se tem por esses jogadores, mas também a maneira como eles funcionam com diferentes públicos. O Deco, por exemplo, é um embaixador mundial do Fluminense. O Fred tem um carisma e uma força enormes. O Wellington Nem, por exemplo, está nos nossos planos para trabalhar o torcedor jovem do Fluminense”, explicou o vice de marketing.
Halfen defende a postura mais cautelosa do marketing do Fluminense e diz não se inspirar em nenhum clube especificamente. “Não há um exemplo em si que seguimos, mas sempre estudamos o rendimento de ações de marketing de outros clubes e vemos se elas são aplicáveis no Fluminense. No Brasil, eu gosto muito do trabalho do Corinthians e do Internacional. Os clubes de São Paulo se profissionalizaram mais rápido do que os do Rio nesse sentido. Lá fora, gosto do marketing do Milan e do Real Madrid”, elogiou.
Fonte: Uol
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