Empate por 2 a 2, com direito a pênalti perdido do argentino e gol de Torres
no fim, cala Camp Nou e tira os catalães da briga pelo título da Champions
O resultado desta terça praticamente coloca a palavra fracasso como a melhor para definir a temporada dos espanhóis, a quarta de Guardiola no comando do clube, uma vez que o título espanhol é quase impossível (o Real está sete pontos na frente restando quatro rodadas). Para evitar uma tragédia ainda maior, o Barça pega o Athletic Bilbao no dia 25 de maio, no Vicente Calderón, em Madri, na final da Copa do Rei.
Já o Chelsea, que se desdobrou em campo com um homem a menos desde os 37 minutos da etapa inicial (Terry foi expulso ao dar uma joelhada em Sánchez), agora fica ligado na televisão e espera nesta quarta-feira o adversário da decisão: Real Madrid e Bayern de Munique se enfrentam no Santiago Bernabéu. No jogo de ida, os alemães largaram na frente, venceram por 2 a 1, e agora jogam pelo empate.
45 em 15
O primeiro tempo, obviamente, teve 45 minutos, mas seria mais fácil contar a partir dos 15 minutos finais. Afinal, tirando as lesões de Cahill, muscular, e Piqué, pancada na cabeça, que os fizeram ser substituídos, o que se viu foi o de sempre: massacre do Barcelona com amplo domínio territorial e de posse de bola diante de um Chelsea que se defendia de todas as maneiras.
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De diferente da partida do Stamford Bridge, apenas a postura dos ingleses, que tentavam avançar a marcação sempre que podiam e dificultavam as ações dos culés, muito reféns das triangulações e tabelinhas do trio Messi, Fàbregas e Sanchéz. A partir dos 30, sim, o jogo pegou fogo.Surpreendentemente ansioso e apelando para chuveirinhos e chutes sem direção de fora da área, o Barcelona parecia nervoso diante da dificuldade de furar a retranca azul. Foi quando abriu o placar com um gol, digamos, improvável, aos 34. Primeiro porque Messi, Xavi, Fàbregas ou Iniesta não participaram da armação da jogada, segundo pelo posicionamento dos protagonistas.
Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Daniel Alves na entrada da área. Ao melhor estilo Xavi, ele serviu Cuenca, escalado para jogar aberto pela direita, livre no lado esquerdo. O jovem cruzou rasteiro e achou Busquets, como típico centroavante, para escorar de canhota no segundo pau: 1 a 0, e o confronto estava empatado.
Terry vira vilão; Ramires, o herói
na marcação e atuou até como lateral (Reuters)
O mundo pensou: fatura liquidada. Menos Ramires. Suspenso de uma suposta final após receber o terceiro amarelo, o brasileiro recebeu de Lampard, invadiu livre a área e, com incrível frieza, tocou no cima de Valdés: golaço! E o brasileiro dançou diante do silêncio de 95 mil culés no Camp Nou. O improvável Chelsea terminava o terceiro dos quatro tempos do confronto classificado para final.
Messi perde pênalti
O segundo tempo começou a mil. Como uma avalanche, o Barcelona engolia o Chelsea e se mandava para o ataque. E o gol parecia que não ia demorar para sair. Logo aos dois minutos, Drogba tentou ajudar na defesa e derrubou Fàbregas dentro da área. Pênalti que o árbitro turco Cunyet Çakir teve dúvidas, mas marcou com a ajuda do auxiliar Tarik Ongum.
E, neste jogo em especial, como falhou. Mesmo com a assistência para o gol de Iniesta, Messi esteve irreconhecível: errou passes bobos, se mostrou nervoso, fez faltas duras - levou um cartão amarelo - e até empurrou Lampard em confusão com Fàbregas aos seis. Definitivamente, Barça x Chelsea não era um confronto normal.
Sem ter muito o que fazer, Roberto Di Matteo fechou o Chelsea de vez e trocou Mata por Kalou. Seriam 30 minutos de pura pressão. Aos ingleses, por sua vez, pesava a experiência, principalmente de Drogba e Cech. No ataque, o marfinense se virava como podia, segurava a bola e até gol do meio-campo tentava. Lá atrás, o tcheco era um monstro.
Antigo carrasco decreta eliminação do Barcelona
Do lado de fora, Guardiola tirava o casaco, mexia na gravata, gritava, gesticulava. O Barça dominava, mas não criava. Pior que isso, via quase todas as jogadas ofensivas morrerem nos pés de seu melhor jogador: Messi. O clima de tensão era evidente. Incrédulos, os culés sequer conseguiam apoiar e reclamavam até dos três minutos de acréscimos. Também pode ser sofrido torcer para o Barça. E dessa vez o sofrimento é por tempo indeterminado.
Em contra-ataque mortal, Fernando Torres decretou o 2 a 2 aos 47 minutos. Não é novidade para o Camp Nou ver gols de “El Niño”, algoz desde os tempos de Atlético de Madrid - o oitavo em 11 jogos. A festa é inglesa, e na quarta tudo pode ficar ainda pior, com uma festa em Madri. Ao Barça, restam as lágrimas de Xavi e Sanchéz ainda em campo, um Messi em estado de choque e secar para que o principal rival não lhe roube o posto de melhor do mundo. Sim, pode ainda ser pior.
Fonte: Globo Esporte
Erly
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