Em meio a todo mistério que se criou sobre os valores da venda do atacante Neymar para o Barcelona, a diretoria do Santos terá de prestar contas ao Conselho Fiscal do clube até o próximo dia 11, terça-feira. Este tipo de procedimento é uma norma do estatuto do clube e deve ocorrer após 15 dias da rescisão do contrato do atleta negociado – no caso de Neymar, o distrato foi assinado no dia 27 de maio.
- Vamos fazer o dossiê e enviar ao Conselho Fiscal – confirmou o superintendente de futebol do Peixe, Felipe Faro.
Membros Conselho Deliberativo também cobram para terem acesso a esses documentos e saberem exatamente quanto entrará nos cofres do Peixe pela venda do seu principal jogador.
A expectativa dos conselheiros é que o vice-presidente Odílio Rodrigues, que está no comando do clube enquanto o presidente Luis Alvaro de Oliveira segue de licença médica, apresente os números na próxima reunião do Conselho, dia 18 deste mês.
Os valores da transação causaram polêmica depois de o Barcelona divulgar que investiu 57 milhões de euros (R$ 160 milhões) para contratar Neymar. No entanto, o montante será partilhado entre o Santos, o jogador, a DIS (grupo de investidores, que detinha 40% dos direitos econômicos do jogador) e a Teisa (grupo de empresários ligados ao Santos, que era dono de 5% do craque).
Até agora o Santos não falou publicamente sobre os valores, pois afirma que existe um sigilo contratual. O clube, no entanto, teria informado a DIS de que recebeu 17 milhões de euros (R$ 47 milhões), o que também gerou confusão. Os investidores cobram transparência na negociação e já se preparam para brigar na Justiça com o clube.
Outro ponto que pode ser explicado nesta prestação de contas são os 10 milhões de euros que o Barça teria disponibilizado em 2011 para comprar Neymar. O Peixe diz desconhecer qualquer adiantamento, enquanto pai do jogador, Neymar da Silva, disse que ele seria para comprar a parte da DIS, mas que acabou não sendo utilizado na época.
Leia trecho do estatuto do Santos a respeito da venda de jogadores:
"Qualquer transação, incluindo compra, venda, cessão de direitos, ou qualquer outra, envolvendo atleta profissional de futebol, cujo valor da parte que caiba ao SANTOS seja superior a 20% (vinte por cento) das receitas previstas no orçamento, deverá contar com parecer posterior do Conselho Fiscal quanto aos aspectos formais e éticos da transação. Para esse efeito, de maneira a permitir tal manifestação obrigatória do Conselho Fiscal, o Presidente do Comitê de Gestão, no prazo de 15 (quinze) dias contado da assinatura de qualquer documento vinculativo relacionado com a transação, deverá encaminhar ao Conselho Fiscal todos os documentos, incluindo contratos firmados e correspondências trocadas, e prestar ao Conselho Fiscal todas as informações consideradas relevantes, pertinentes à transação em questão".
Fonte: Globoesporte
sábado, 8 de junho de 2013
Santos terá de prestar contas sobre venda de Neymar ao Conselho Fiscal
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