Gol brasileiro, estádio lotado, polêmica e clima tenso. Chelsea e
Liverpool fizeram valer a tradição de Wembley e protagonizaram um jogaço
neste sábado, na final da Copa da Inglaterra. No fim, melhor para os
Blues, que, a duas semanas da decisão da Liga dos Campeões, tiveram um
aperitivo saboroso com o título conquistado na vitória por 2 a 1. Ramires e Drogba marcaram e garantiram o título, com Andy Carroll descontando.
A partida, no entanto, fatalmente ainda dará muito o que falar nos
próximos dias. Como se tornou recorrente na temporada do futebol inglês,
a dúvida sobre a marcação ou não de um gol será responsável por muita
polêmica. Aos 35 minutos do segundo tempo, Andy Carroll cabeceou firme
na pequena área e saiu para comemorar. Petr Cech fez a defesa
praticamente em cima da linha, a bola explodiu no travessão, e o
auxiliar não correu para o meio-campo. A decisão pesou a favor do time
azul, que conquistou seu sétimo título da competição.
Lance similar aconteceu em outras duas oportunidades em 2012 envolvendo
times ingleses: primeiro, em gol não validado do Queens Park Rangers
diante do Bolton, depois na semifinal da própria Copa da Inglaterra,
quando Mata marcou para o Chelsea contra o Tottenham em lance duvidoso.
Sem terem culpa do possível erro, os Blues fizeram a festa em Wembley
para concentrarem todo o foco na partida contra o Bayern, no dia 19, em
Munique. Uma temporada que se pintava como fracassada pode se tornar
histórica para o time comandado por Roberto di Matteo e também para
Ramires, que já havia marcado gol no confronto com o Barcelona, pela
semifinal. A decepção, por outro lado, é vermelha: fora da briga pela
vaga na Champions, o Liverpool volta para casa com um gosto amargo,
mesmo que tenha levantado a Copa da Liga Inglesa meses atrás.
No ano em que a milionária Premier League comemora 20 anos de
existência, coube à centenária The FA (Federação Inglesa de Futebol) dar
um espetáculo na tarde mais importante de seu principal produto: a Copa
da Inglaterra. Com organização digna de final da Copa do Mundo, shows
musicais, pirotécnicos e de dança precederam o jogo. Antes da entrada
dos times em campo, aplausos para Fabrice Muamba. O congolês do Bolton,
que esteve perto da morte ao sofrer parada cardíaca diante do Tottenham,
nas quartas de final da competição, foi convidado de honra da decisão,
sendo ovacionado pelo estádio lotado.
Nas arquibancadas, os torcedores não aceitaram ficar para trás.
Dividido de forma clara e impressionante com uma metade azul e a outra
vermelha, o principal palco do futebol inglês emoldurou uma disputa
vencida fora de campo com ampla margem pelos Reds. Fosse nas vaias ao
nome de Fernando Torres, ex-jogador do clube, no telão ou ao hino “You
will never walk alone” (você nunca andará sozinho), o Liverpool saiu na
frente e entrou em campo como se fosse abraçado por um mar de cachecóis
vermelhos.
Em temporada espetacular e de protagonismo absoluto com a camisa azul,
Ramires trouxe para si os holofotes assim que a bola rolou. Com Kalou na
vaga de Raul Meireles, o Chelsea dava mostras de que seria mais ousado
do que foi nos confrontos contra o Barcelona na Liga dos Campeões e
começou o jogo a mil. Com Mata centralizado e o volante brasileiro e
Kalou abertos pelas pontas para auxiliar Drogba, os Blues se mostraram soberanos desde o minuto inicial, com toque de bola seguro e avanços objetivos no ataque.
Em vantagem, o Chelsea mostrou o quanto a confiança em alta pode ser
benéfico para um time de futebol. Com jogadores experientes em campo e
vivendo momento de sonho, a equipe demonstrava uma maturidade
impressionante e, mesmo que o Liverpool tivesse maior posse de bola, era
senhor absoluto do jogo.
Se os Reds tinham um Gerrard pouco participativo em campo e se mostravam
refém de chutões para que Suárez se virasse no ataque, os Blues eram
mais perigosos em investidas de Kalou e Ramires pelas laterais do campo.
E essa foi a tônica de um primeiro tempo que teve para valer apenas
mais uma boa oportunidade: quando Bellamy chutou, aos 13, para Ivanovic
salvar em cima da linha.
Em desvantagem, o Liverpool voltou para o segundo tempo mais corajoso e
tornou o jogo mais movimentado. O problema é que, no momento atual,
quanto mais é atacado o Chelsea se torna perigoso. E, mais uma vez, a
prática traduziu a teoria em gol, aos sete minutos. Com liberdade,
Lampard conduziu pelo meio e serviu Drogba na entrada da área. O
marfinense dominou diante de estáticos Skrtel e Johnson, preparou a
canhota e acertou o canto de reina: 2 a 0, e a manutenção da média de um
gol por jogo em Wembley estava garantida - oito gols em oito jogos.
Cansado de ver Suárez lutar sozinho no ataque, Kenny Dalglish enfim
mudou a estrutura tática do Liverpool e mandou Andy Carroll para campo.
Mesmo meio atabalhoado, o camisa 9 deu vida ao time da terra dos Beatles
e colocou fogo no jogo. Seguro de si, o Chelsea ainda conseguiu
controlar a partida, mas foi surpreendido com uma mistura de azar e
bobeada de Bosingwa, aos 19.
Aos 35, Gerrard e Suárez fizeram boa trama pela esquerda, até
cruzamento do uruguaio encontrar Carroll no segundo pau. O grandalhão
cabeceou firme e saiu ensandecido para comemorar, seria o empate. A
torcida levantou, gritou, se abraçou, mas Cech fez o milagre e espalmou
no travessão, antes que Ivanovic afastasse o perigo. Duvida no ar:
entrou ou não? Suaréz discutiu com o auxiliar, mas as imagens validaram a
grande defesa de Cech.
Com o dedo indicador, o goleiro tcheco fez sinal para Carroll: “Não,
não”. A negativa foi para o gol, mas pode valer também para o título da
Copa da Inglaterra. O Chelsea é o campeão. O título é sétimo da história
e o quarto da geração Abramovich.
CHELSEA CAMPEÃO!!!
Fonte: Globoesporte, por Cahê Mota
By: Henrique Mota
sábado, 5 de maio de 2012
Com novo gol de Ramires e polêmica, Chelsea bate Liverpool e leva FA Cup
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